Ah, pois é meus meninos querem andar a brincar às corridas em dias de Temporal, incharam que nem uns porquinhos com o sopro do Lobo Mau.
Esta é a frase que me parece mais apropriada para o que se passou ontem em Arronches.
A febre do Duatlo está instalada e nem o Alerta Laranja da protecção civil fez o pessoal ficar em casa.
A equipa das "obras" da Câmara de Peniche deixou o leito materno às escuras com rajadas de 160 kms/h e ondas de 7 metros e foi num instantinho a terras de Alem Tejo vêr como é que estava o tempo e voilá um dia "lindo" com umas pitadas de pedraço e rajadas de vento um tudo ou nada abaixo dos 100 kms/h.
Em relação à prova propriamente dita, está visto que eram só malucos pois qualquer mortal com dois dedos de testa não se punha a andar de bicicleta naquelas condições, mas já me ia esquecendo, o Duatlo começa com uma corridinha, e deu jeito para aquecer pois como já se aperceberam o tempo estava "um tudo nada" agreste.
Fiquei surpreendido com a psicologia de grupo criada no momento de partida em que a vontade de partir na fila da frente e ao mesmo tempo manter o corpinho quente, conseguiu entalar todos em 10 m2, não me lembrava de tamanha façanha desde o tempo do concurso de televisão para meter 20 gajos dentro de um mini.
Soou a buzina e abriram as velas, o vento fez o resto, literalmente voámos nos primeiros 2 kms, até virarmos ao fundo de uma recta sem fim, o pessoal apoiava-se no Bidon para não cair, mas não evitavam desfrisar logo ali os caracois, os Sioux, bem podiam utilizar a técnica para arrancar escalpes, perante as novas condições de corrida tratei de esconder-me atrás de um "ARMÁRIO", até o vento passar e chegar à transição, obrigado Cipriano ( o moço tem para aí 2 mts de altura por 1,5 de largo) .
Chegado à transição ála que os primeiros já vão longe, apesar de ser a subir com o vento pelas costas, pensei é rapaz estás cheio de força e segui com essa ilusão a 40 kms/ h até nova sinalética de vento (percebi que a organização metia um bidonzinho e bastava contorná-lo para vir o sopro do lobo mau ), se na corrida o vento dava para arrancar o escalpe na bicicleta o requinte era muito maior pois as rajadas de vento vieram acompanhadas de umas pedritas pequenas que caíam do céu e arrancavam a pele da cara, sem querer dava por mim a fazer caretas com a boca de lado e a espumar-me da boca.
Nada de mais, pior só mesmo quando apanhava uns miúdos para aí de 45 kgs, que andavam aos SS´s na estrada a ver se conseguiam mandar alguém ao chão, mas como se diz a sorte proteje o menino e o borracho e lá chegámos sãos e salvos ao Parque de transição. Aí a tortura foi ainda mais dolorosa pareciam umas agulhas a picar-me os gémeos , mas fiz por esquecer-me delas, no entanto foi vê-los a passar por mim até à meta.
Como podem perceber valeu a pena fazer 300 kms para 1 hora a brincar ao sopro do Lobo Mau.
P.S. - A meio do segmento de ciclismo comecei a ouvir AI, AI ,AI, AI, pensei para mim, algum gajo mordido por um Javali acoçado pelo vento, afinal era um moço com umas caimbrãs, tsssssss, se não era melhor ficarem a fazer alongamentos na caminha ...
domingo, 28 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
DOI NÃO DOI
Nem sabem a sorte que têm ao ter dentes saudáveis.
Hoje apeteceu-me perguntar à dentista se por acaso ainda tinha algum dente sem ter sido tratado.
Parece que as caries são mesmo minhas amigas, por muito que escove e passe o fio dentário as moças teimem em não me largar.
Hoje apeteceu-me perguntar à dentista se por acaso ainda tinha algum dente sem ter sido tratado.
Parece que as caries são mesmo minhas amigas, por muito que escove e passe o fio dentário as moças teimem em não me largar.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Para todos os que se queixam ...
Estes pensamentos são de alguns dos homens mais geniais que por cá passaram, eles lá sabiam do que falavam, por vezes é bom relembrar...
Os maus queixam-se de todos, os bons de poucos, os melhores de ninguém ou de si próprios.
Ultrapassar os limites não é um erro menor do que ficar aquém deles.
Humildade é saber exactamente o que somos e o que valemos.
A próxima fronteira não está somente à tua frente, está dentro de ti.
Quanto maiores são as dificuldades a vencer, maior será a satisfação.
Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de método.
No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.
Há duas coisas infinitas: o Universo e a tolice dos homens.
Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a electricidade e a energia atómica: a vontade.
O azar não existe, Deus não joga dados.
Os maus queixam-se de todos, os bons de poucos, os melhores de ninguém ou de si próprios.
Ultrapassar os limites não é um erro menor do que ficar aquém deles.
Humildade é saber exactamente o que somos e o que valemos.
A próxima fronteira não está somente à tua frente, está dentro de ti.
Quanto maiores são as dificuldades a vencer, maior será a satisfação.
Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de método.
No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.
Há duas coisas infinitas: o Universo e a tolice dos homens.
Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a electricidade e a energia atómica: a vontade.
O azar não existe, Deus não joga dados.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
VICIO
Dei por mim a pensar que estou viciado no treino e a comparar-me a um toxicodepente que faz tudo para satizfazer o seu vicio.
Tal como um toxicodepente que consegue arranjar dinheiro sabe-se lá como, para comprar a sua dose diária eu estico o meu dia para arranjar tempo para treinar.
Muitas vezes é complicado conjugar trabalho, familia e treino mas com força de vontade e menos umas horas de sono faz-se tudo.
Basta focalizarmo-nos nestas 3 coisas o resto passa para quinto plano e vão ver que afinal ninguém se pode queixar de falta de tempo para treinar.
Perguntem-se quanto tempo, passam a ver televisão, em quanto tempo fazem as refeições, quanto tempo passam no café, e outras milhentas formas em que ocupam o vosso tempo, prescindam disso tudo e vão ver que afinal existe tempo para conjugar uma vida familiar o trabalho e o treino diário.
Nem sempre é fácil, às vezes furam-nos os planos, muitas vezes andamos cansados, mas acreditem se gostarem de treinar tanto quanto eu, andam felizes e realizados.
Só tenho uma forma de encarar os desafios é envolver-me a 200 %, é assim a nível profissional é assim em casa e não podia ser de outra forma no Triatlo.
Tal como um toxicodepente que consegue arranjar dinheiro sabe-se lá como, para comprar a sua dose diária eu estico o meu dia para arranjar tempo para treinar.
Muitas vezes é complicado conjugar trabalho, familia e treino mas com força de vontade e menos umas horas de sono faz-se tudo.
Basta focalizarmo-nos nestas 3 coisas o resto passa para quinto plano e vão ver que afinal ninguém se pode queixar de falta de tempo para treinar.
Perguntem-se quanto tempo, passam a ver televisão, em quanto tempo fazem as refeições, quanto tempo passam no café, e outras milhentas formas em que ocupam o vosso tempo, prescindam disso tudo e vão ver que afinal existe tempo para conjugar uma vida familiar o trabalho e o treino diário.
Nem sempre é fácil, às vezes furam-nos os planos, muitas vezes andamos cansados, mas acreditem se gostarem de treinar tanto quanto eu, andam felizes e realizados.
Só tenho uma forma de encarar os desafios é envolver-me a 200 %, é assim a nível profissional é assim em casa e não podia ser de outra forma no Triatlo.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
FRIO E SERRA
Hoje foi daqueles dias em que se distinguem os homens dos ratos !!!!
Frio, muito frio, o pequeno fio de "ranho" congelava criando uma estalactite mesmo por baixo do nariz.
Com estas condições pouco mais havia a fazer que ir à procura da sua toca bem no meio da serrania, havia que subir, subir e continuar a subir o vento soprava e teimava em empurrar para trás, mas afinal quem é que era mais teimoso...
Um cume após outro, as paisagens que encheram os olhos foram ficando para trás enquanto as pernas se enchiam de kms, a serra talha os homens, ensina-lhes a dureza e transporta-nos para um mundo onde a pedra domina e o ar gelido enche-nos os pulmões.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
AS PORTAS QUE ABRIL ABRIU
Porque um povo que não conhece a sua história não pode sonhar com um futuro diferente, é bom lembrar que existe sempre alguém que resiste, é hora de dizer basta, não somos obrigados a ser subjugados por uma elite político partidária vergonhosa que se esconde atrás do segredo de justiça e de conversas do foro privado.
Hoje mais que nunca as palavras de José Carlos Ary dos Santos devem servir como Grito do Ipiranga
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.
Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.
Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.
Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.
Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.
Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação
uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com que a força da vida
seja maior do que a morte.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.
Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.
Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.
Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.
Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
do ventre duma chaimite.
Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!
Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
E então por vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados «páras»
que não queriam o degredo
dum povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam.
Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.
Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma ração
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.
Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.
Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril f
ez Portugal renascer.
E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.
Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.
Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.
Mas eram olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.
E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
E então operários mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.
A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que se desdobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.
Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.
E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideais
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.
Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio fazia
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.
Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.
E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.
Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.
Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.
Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.
Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.
Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
— cumpriu-se a revolução.
Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os generais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.
Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.
E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.
Fugiram como cobardes
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.
E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
aprenderam Portugal.
Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opõe àqueles que o firam
consciência nacional.
Os tais homens que souberam
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.
Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.
Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.
Essa história tão bonita
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.
Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
– Não havia estado novo
nos poemas de Camões!
Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.
Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram
das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.
Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.
E em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
dum país que vai nascer.
Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser
pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.
No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!
É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.
Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua própria grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viessem ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.
Na frente de todos nós
povo soberano e total
que ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.
Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!
Hoje mais que nunca as palavras de José Carlos Ary dos Santos devem servir como Grito do Ipiranga
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.
Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.
Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.
Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.
Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.
Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação
uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com que a força da vida
seja maior do que a morte.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.
Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.
Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.
Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.
Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
do ventre duma chaimite.
Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!
Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
E então por vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados «páras»
que não queriam o degredo
dum povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam.
Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.
Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma ração
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.
Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.
Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril f
ez Portugal renascer.
E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.
Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.
Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.
Mas eram olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.
E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
E então operários mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.
A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que se desdobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.
Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.
E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideais
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.
Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio fazia
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.
Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.
E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.
Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.
Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.
Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.
Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.
Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
— cumpriu-se a revolução.
Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os generais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.
Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.
E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.
Fugiram como cobardes
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.
E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
aprenderam Portugal.
Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opõe àqueles que o firam
consciência nacional.
Os tais homens que souberam
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.
Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.
Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.
Essa história tão bonita
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.
Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
– Não havia estado novo
nos poemas de Camões!
Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.
Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram
das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.
Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.
E em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
dum país que vai nascer.
Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser
pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.
No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!
É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.
Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua própria grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viessem ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.
Na frente de todos nós
povo soberano e total
que ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.
Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
CONVITE
Quem quiser aquecer no Domingo de manhã, encher o peito de ar e disfrutar de uma paisagem única, apareça na Batalha para uma volta pelo PNSAC, vai subir-se muito mas também podem disfrutar da adrenalina nas descidas.
O empeno é garantido.
Ponto de encontro 8h45 min. sem atrasos em frente à Caixa Geral de Depósitos da Batalha.
ps- Amanhã podem ver a prova de abertura da temporada realizada a semana passada, o Duatlo das Lezirias sintonize a RTP2 programa Desporto 2 a partir das 16h45 m (estes horários às vezes são trocados estejam atentos durante a tarde )
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
ÚLTIMOS DIAS
Os últimos dias serviram para definitivamente arrumar com a questão logistica dos dois grandes objectivos traçados para o ano de 2010.
A familia já tem onde ficar, as viagens estão reservadas e a inscrição para Copenhaga efectuada, como diz o outro agora não há volta a dar.
Como tal resta-me focalizar no muito que tenho de treinar para conseguir alcançar as metas a que me propus.
Sinto-me motivado pois evolui bastante tanto na corrida como na natação, apesar de continuar a ser um coxo.
Sei onde quero chegar e raramente desisto de uma meta que tenha estabelecido.
A familia já tem onde ficar, as viagens estão reservadas e a inscrição para Copenhaga efectuada, como diz o outro agora não há volta a dar.
Como tal resta-me focalizar no muito que tenho de treinar para conseguir alcançar as metas a que me propus.
Sinto-me motivado pois evolui bastante tanto na corrida como na natação, apesar de continuar a ser um coxo.
Sei onde quero chegar e raramente desisto de uma meta que tenha estabelecido.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
DUATLO DAS LEZIRIAS
O dia começou bem cedo, depois de uma noite mal dormida e um dia anterior passado em idas constantes à casa de banho, fruto de uma gemada matinal que resultou num grande desaranjo indestinal.
No entanto nada que uma canjinha de arroz no final do dia e um pó de talco para a assadura não resolvessem.
A vontade de competir era mais que muita, e chegado à Leziria Grande, o ambiente era de festa, com uma enorme estrutura montada, montes de pessoal e novas equipas.
Os momentos que antecedem as provas são sempre magnificos aquela adrenalina, as trocas de palavras com os outros atletas, e de repente soa a buzina e lançam-se 600 atletas com o objectivo de chegar o mais rapidamente à tão desejada meta.
Uma sugestão para o futuro, à semelhança do que já acontece em algumas provas de BTT, penso na partida devia haver uma zona reservada a atletas federados e outra a não federados com o crescente número de atletas em prova esta é uma medida que precisa de ser tomada para bem da competição.
Em relação à prova arranquei num ritmo que me permitisse ter forças para puxar no segmento de BTT, nunca forcei o andamento terminando este segmento com um parcial de 23´11´´ na 86ª posição, fiz uma transição rápida e consegui formar um grupo onde houve colaboração tendo passado mais de 20 atletas, passado algum tempo o meu colega Joel veio de trás com um grupo formando-se um mini-pelotão, infelizmente teve um furo que o impossibilitou de ter uma boa prestação (melhores dias virão).
Entrei na última corrida um pouco desgastado tendo perdido algumas posições recuperadas no BTT, no final fiquei na 64ª posição com um tempo total de 1h28m34s, a equipa do Peniche bateu-se bem e terminou no 15º.
No final a festa do costume numa zona de meta bastante animada, sem dúvida um dos melhores Duatlos que se realizam no País.
Acho que estou no bom caminho um agradecimento especial ao Alexandre que me tem ajudado a evoluir muito.
No entanto nada que uma canjinha de arroz no final do dia e um pó de talco para a assadura não resolvessem.
A vontade de competir era mais que muita, e chegado à Leziria Grande, o ambiente era de festa, com uma enorme estrutura montada, montes de pessoal e novas equipas.
Os momentos que antecedem as provas são sempre magnificos aquela adrenalina, as trocas de palavras com os outros atletas, e de repente soa a buzina e lançam-se 600 atletas com o objectivo de chegar o mais rapidamente à tão desejada meta.
Uma sugestão para o futuro, à semelhança do que já acontece em algumas provas de BTT, penso na partida devia haver uma zona reservada a atletas federados e outra a não federados com o crescente número de atletas em prova esta é uma medida que precisa de ser tomada para bem da competição.
Em relação à prova arranquei num ritmo que me permitisse ter forças para puxar no segmento de BTT, nunca forcei o andamento terminando este segmento com um parcial de 23´11´´ na 86ª posição, fiz uma transição rápida e consegui formar um grupo onde houve colaboração tendo passado mais de 20 atletas, passado algum tempo o meu colega Joel veio de trás com um grupo formando-se um mini-pelotão, infelizmente teve um furo que o impossibilitou de ter uma boa prestação (melhores dias virão).
Entrei na última corrida um pouco desgastado tendo perdido algumas posições recuperadas no BTT, no final fiquei na 64ª posição com um tempo total de 1h28m34s, a equipa do Peniche bateu-se bem e terminou no 15º.
No final a festa do costume numa zona de meta bastante animada, sem dúvida um dos melhores Duatlos que se realizam no País.
Acho que estou no bom caminho um agradecimento especial ao Alexandre que me tem ajudado a evoluir muito.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
BOM, BONITO E BARATO
Sempre que posso tento encontrar esta conjugação de factores que são raros nos dias de hoje.
Há muito tempo que namorava este quadro e desde que experimentei fazer uma Maratona de BTT com ele, bem agreste por sinal fiquei rendido ao comportamento da maquina.
Há muito tempo que namorava este quadro e desde que experimentei fazer uma Maratona de BTT com ele, bem agreste por sinal fiquei rendido ao comportamento da maquina.
VAN NICHOLAS ZION
Tive agora a oportunidade de trocar o meu velhinho TREK 9.9 e não hesitei em mudar-me para o Titânio, mantive as minhas rodas XTR , transmissão e travões XT e a suspensão FOX TERRALOGIC que por sinal fica a matar no quadro.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Venham as Lezirias
Está tudo preparado para a primeira prova da época disputada no Continente e as novidades são mais que muitas.
Tradicionalmente a primeira prova das últimas temporadas tem-se realizado no Jamor e tem sido uma grande Festa, que traz muita gente nova para a nossa modalidade, este ano vão ser as Lezirias a abrir a temporada, este Duatlo inserido na estreante Taça Porterra promete muita competitividade com as principais figuras do Duatlo Nacional a marcarem presença caso de Sergio Silva e Lino Barruncho e outros grandes valores como Luis Almeida, Alcino Serras e os Campeões de BTT XCM, Marco Sousa e Luis Leão Pinto.
Muitas equipas novas com grandes valores prometem uma Taça muito competitiva e a subida do nível competitivo está garantida, vamos ver se o Olimpico de Oeiras consegue manter a supremacia alcançada nos últimos anos são muitas as equipas que prometem um ataque ao Lider, o Alhandra com a sua juventude surge na primeira linha, o Camarnal continua com excelentes valores tal como o TriOeste o Sporting e a Amiciclo mas existem equipas novas com excelentes atletas, caso dos Águias de Alpiarça o Fundão e a AAC e claro os moços marafados do All Garve por quem tenho especial estima, acredito que o Louletano vai estar na luta pelo Top 5.
Depois vem o outro Campeonato onde se insere a minha equipa o Peniche AC, que surge com dois bons reforços para os Duatlos o Nelson e o Joel, podem estar certos que vamos estar na luta até ao fim.
Parafraseando o meu amigo David " Comecem os Jogos ".
Até Domingo nas Lezirias.
Tradicionalmente a primeira prova das últimas temporadas tem-se realizado no Jamor e tem sido uma grande Festa, que traz muita gente nova para a nossa modalidade, este ano vão ser as Lezirias a abrir a temporada, este Duatlo inserido na estreante Taça Porterra promete muita competitividade com as principais figuras do Duatlo Nacional a marcarem presença caso de Sergio Silva e Lino Barruncho e outros grandes valores como Luis Almeida, Alcino Serras e os Campeões de BTT XCM, Marco Sousa e Luis Leão Pinto.
Muitas equipas novas com grandes valores prometem uma Taça muito competitiva e a subida do nível competitivo está garantida, vamos ver se o Olimpico de Oeiras consegue manter a supremacia alcançada nos últimos anos são muitas as equipas que prometem um ataque ao Lider, o Alhandra com a sua juventude surge na primeira linha, o Camarnal continua com excelentes valores tal como o TriOeste o Sporting e a Amiciclo mas existem equipas novas com excelentes atletas, caso dos Águias de Alpiarça o Fundão e a AAC e claro os moços marafados do All Garve por quem tenho especial estima, acredito que o Louletano vai estar na luta pelo Top 5.
Depois vem o outro Campeonato onde se insere a minha equipa o Peniche AC, que surge com dois bons reforços para os Duatlos o Nelson e o Joel, podem estar certos que vamos estar na luta até ao fim.
Parafraseando o meu amigo David " Comecem os Jogos ".
Até Domingo nas Lezirias.
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