COISAS QUE ME FAZEM "ESPÉCIE"

Como muitos dos que vão lendo o blog, tenho uma atitude por vezes demasiado passiva por aquilo que se vai dizendo e passando em meu redor. Continuo a pensar que devo tentar mudar o "meu mundo" apesar de muitas vezes me sentir tentado a mudar o Mundo. Fico estarrecido quando pessoas responsáveis pela vida de todos nós tentam manipular-nos com o argumento do bem comum.
Como cada vez mais constatamos que a manipulação é feita não por causa de uma ideologia, mas sim devido a interesses uns mais camuflados que outros aqui vão 3 exemplos de coisas que nos últimos tempos me têm feito "espécie".
Levantaram-se as vozes de um conjunto de arautos, constitucionalistas e politólogos em defesa da não descriminação entre trabalhadores do sector público e privado, confesso que gostava de ter ouvido as suas vozes em defesa de um sistema nacional de saúde igual para todos, horário de trabalho igual para todos, tabelas salariais similares, tolerâncias de ponto, e mais alguns aspectos que durante anos descriminaram positivamente alguns em detrimento de outros.
O segundo exemplo prende-se com a atitude dos nossos banqueiros a quem o Estado proporciona a possibilidade de recorrerem a capital de forma a poderem fazer um reforço dos seus capitais próprios para cumprir com as novas regras definidas. Que eu saiba os bancos podem fazer o reforço de capitais próprios recorrendo aos seus accionistas, logo a opção dada pelo Estado, não é obrigatória, recorre quem quer. Não é legitimo que quem empresta defina as regras? 
Neste caso ter uma palavra a dizer sobre a politica de remunerações e distribuição de dividendos, informar o Banco de Portugal relativamente a determinadas operações , ter direito a voto relativamente a decisões estratégicas. O problema é que estes Srs, estão "mal habituados" a serem sempre os mesmos a definir as regras do jogo.
Por último será que vamos mesmo ter um Banco Central Europeu a emitir moeda à semelhança do que acontece com a Reserva Federal Norte Americana, parece-me um caminho perigoso, aparentemente pode ser a solução mais fácil para resolver o problema em que a Europa está metida, mas seguramente é uma fuga para a frente e mais tarde seremos chamados pagar a Factura.